Compositor: Não Disponível
(Eu...) Eu canto com uma voz estilhaçada
(Eu...) Eu canto com um coração pesado
Ali no mais profundo poço de sonhos
Ecoou uma música distante
Eu escutei a voz santificada
Agitada do sono eterno
Através deste solo estéril você veio
Doce aroma da primavera
Veio e lançou a terra em bela plenitude
Emprestou sua luz para mim
Mas agora os sonhos do verão são torcidos
Tal como o grão contra a foice
E lembranças de dias felizes
Elas caem como folhas
Pois as canções de outono são feitas de perdas
De ânsia e arrependimento
Em tom amargo são recitadas
Pronunciadas com um coração pesado
"Eu canto com a voz quebrada
Um conto de almas marcadas
Eu choro por corações consumidos
E primaveras perdidas para sempre "
As luzes de sol e estrelas vão desaparecer
E a lua cobre seu rosto
Todas as músicas vão se acalmar
E as músicas devem morrer
Como este coração miserável se desdobra
Como a boca de sorrisos de fornalha
No interior só há uma célula enegrecida
Cheio de sujeira e chamas
Era uma vez o tempo quando eu ressoava ao seu lado
Era uma vez o tempo em que eu tremia sob seus olhos
O que eu ouço quando você vai embora?
Grito angustiante do vento
O que eu ouço quando você vai embora?
O gemido da dor lânguida
Arrepios de frio em coroas de prata da terra
Longa é a noite agora, grave o peso da culpa
Estrelas gritam seu vazio no céu escuro
Todo o mundo é apenas uma maca envolta em branco